Adotar o HACCP é uma etapa vital para os que buscam se manter atualizados no ramo alimentício!
Já abordamos o HACCP várias vezes aqui. Trata-se do sistema conhecido como Hazard Analysis Critical Control Point, ou, em português, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Este método é uma referência internacional para garantir a segurança alimentar.
Com o passar dos anos, tornou-se claro que as empresas precisam adaptar seus processos. Afinal, o setor alimentício está em constante evolução.
Conforme a tecnologia avança, os consumidores tornam-se mais conscientes. Surge, então, uma demanda por alimentos e bebidas que promovam a saúde e o meio ambiente. No entanto, isso vai além das tendências “fit” ou sem aditivos como açúcar, glúten, ou sódio. Refere-se, na verdade, a produtos produzidos de maneira responsável e ética.
Então, como entender as novas demandas do mercado e satisfazer os clientes de maneira eficaz? Implementar o HACCP é um excelente ponto de partida.
Entendendo o HACCP
Em resumo, o HACCP é uma ferramenta projetada para prevenir problemas. Com uma abordagem baseada em evidências, o HACCP estabelece métodos para controlar as etapas do processo de produção, identificando antecipadamente perigos e situações críticas.
Ele é um programa de autocontrole essencial na gestão de qualidade do setor alimentício, ao lado das boas práticas de fabricação, sistemas de rastreabilidade e avaliação de fornecedores. O objetivo principal é detectar fatores que possam comprometer a segurança alimentar dos consumidores.
O que constitui um perigo ou situação crítica?
Qualquer elemento que possa comprometer a qualidade ou segurança alimentar é considerado um perigo. Isso pode incluir perigos…
Biológicos, como vírus, bactérias, fungos, etc.; Físicos, como pedaços de material estranho, cabelo, poeira, etc.; Químicos, como resíduos de produtos de limpeza, metais pesados, pesticidas, etc.
Por exemplo, em 2011, a PepsiCo foi obrigada a pagar uma indenização de R$420 mil por comercializar um lote de achocolatado contaminado com detergente. Isso foi considerado uma contaminação química que poderia representar riscos à saúde.
Mas como esse achocolatado foi contaminado? Onde ocorreu o erro? Como passou despercebido pelos controles de qualidade da fábrica? São essas questões-chave que o HACCP procura identificar para evitar tais problemas.
10 princípios básicos para implementar o HACCP
Embora cada indústria ou empresa tenha seu próprio processo, há etapas comuns na implementação do HACCP.
Formação de uma equipe para implementação do HACCP
É essencial reunir uma equipe multidisciplinar para desenvolver e implementar o plano. Esta equipe deve ser composta por membros de diferentes departamentos, todos familiarizados com os processos de produção e os princípios do HACCP.
Identificação do processamento, distribuição e uso pretendido do alimento
A produção de achocolatados é diferente da de biscoitos sem glúten ou creme de leite sem lactose. Portanto, o HACCP deve levar em consideração os métodos específicos de processamento e distribuição de cada produto, assim como seu público-alvo e mercado.
Desenvolvimento de um diagrama de fluxo
Este diagrama deve detalhar todas as etapas do processo de produção.
Realização de uma análise de perigos
Isso envolve identificar quais falhas devem ser evitadas, eliminadas ou reduzidas, com base em experiências passadas ou casos semelhantes.
Identificação de pontos críticos de controle
Quais etapas do processo apresentam os maiores riscos? Isso pode incluir etapas como higienização, recebimento e manipulação.
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