Novas regras nos rótulos de alimentos

Aprovadas regras para os rótulos de alimentos que podem causar alergia.

A Anvisa aprovou nesta quarta-feira (24) novas regras para os rótulos das embalagens de alimentos que causam alergia. As letras vão ter que doencaceliacaintolerancialactoseser maiores, mais legíveis e com informações claras. Uma vitória para quem é alérgico e sofre para saber o que tem em cada alimento.

No Brasil, a indústria de alimentos não informa no rótulo se um produto tem ou não algum ingrediente provoque alergia. Imagina o perigo quando um produto assim entra numa casa onde alguém é alérgico. Ainda mais se a pessoa for uma criança.

“O Noah tem dois anos e 10 meses ele tem alergia a proteína do leite, soja, ovos, peixe, tomate e banana e castanhas. Ingeriu a clara do ovo sozinho e começou a inchar os olhos, ficar muito empolado e tossir sem parar. Tendo fechamento de glote”, fala a mãe de Noah, Daniela Rico.

Por causa da alergia, o Noah ainda não vai para a escola. “A gente ainda tem muito receio de colocar no colégio devido ele ter essa contaminação com alimentos que ele tem restrição. Então, por exemplo, ele pode comer um lanchinho do amiguinho do lado, ter uma crise e a gente não estar perto”, explica a mãe.

O assunto é tão sério que os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária decidiram que a indústria tem que alertar o consumidor que um alimento pode causar alergia. Tem que fazer isso de forma bem clara: Avisando se o produto contém o alimento ou derivados dele e escrevendo no rotulo o nome comum. Exemplo: contém leite e não caseína, que é uma proteína encontrada no leite, mas que quase ninguém sabe. As palavras têm que estar em caixa alta, em negrito e com a cor diferente do fundo do rotulo. A letra não pode ser menor do que a da lista de ingredientes.

A indústria também vai ter que informar se durante a fabricação o produto teve contato com algum alimento que dá alergia. As empresas vão ter um ano para mudar os rótulos, que na opinião do médico alergista Alexandre Jorge Ayres, veio em boa hora.
“Fundamental porque é melhor prevenir do que remediar. E a prevenção é a mãe, o pai, o avô de todos os tratamentos. Sempre prevenir para gente não precisar ‘medicalizar’ a doença”, fala o médico alergista Alexandre Jorge Ayres.

fonte Jornal hoje

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