Empreender na alimentação
Alimentação saudável, fast food, food truck, lanchonete, cafeteria, delivery… Opções para quem deseja empreender na alimentação não faltam. Sem falar que esse é um setor que cresce cada vez mais. Afinal, todo mundo precisa comer. Todo mundo gosta de comer. Tomara, então, que seja sua comida, no seu estabelecimento.
Se você deseja empreender na alimentação porque ama esse meio ou, então, porque enxerga esse tipo de negócio como algo promissor, separamos 4 dicas para que você se destaque. Por aqui, você não vai encontrar nada de “descubra o seu diferencial”, “capriche na decoração” ou “controle seus gastos”. Nós vamos falar da área do conhecimento que envolve a alimentação: a nutrição.
Porque se você quer empreender na alimentação, temos uma notícia: você entende um pouco de nutrição ou o barco afunda antes de chegar ao destino. Para que seu negócio não dê uma de Titanic e bata na contaminação cruzada, multas da vigilância sanitária ou DTAs é importante ter em mente que ao trabalhar com comida, mais do que um prazer, estamos falando de manutenção da saúde. Comida bem feita é comida segura do ponto de vista higiênico-sanitário. Não é só tempero.
Eu contrato uma nutricionista e está tudo certo. Ok, ter um profissional da nutrição ao seu lado é essencial. Mas como você terá certeza de que ele, ou ela, está fazendo o seu trabalho da forma correta? Como você vai controlar os processos e se certificar de que tudo está funcionando de forma harmoniosa? Um bom gestor se envolve com todas as etapas, inclusive com a parte nutricional.
Para fazer parte das estatísticas positivas e ver o seu negócio prosperar, se liga nessas dicas que colocam a nutrição na posição de aliada:
1. Conheça as exigências da ANVISA
Os documentos que ela exige, as normas de higiene, de manipulação, para as instalações físicas, o estoque, a área de recebimento e por aí vai. Conheça todas as legislações e o que elas dizem sobre como seu estabelecimento deve ser. Elas serão o seu guia sobre o que é um local sanitariamente adequado ou não.
Você não precisa decorar cada artigo ou seção, mas conhecer o básico é essencial para não passar aperto com os órgãos de fiscalização e ser capaz de identificar falhas nos seus processos de produção.
Existem cursos online sobre isso, assim como é totalmente possível estudar por conta. Há também a opção de contratar uma consultoria e assessoria nutricional para que a equipe tire suas dúvidas e lhe mostre qual é o cenário ideal.
2. Entenda de técnica dietética
Técnica dietética é a ciência que estuda as modificações que os alimentos sofrem no processo culinário. Um exemplo clássico é o feijão. Se você não deixar a leguminosa de molho, o seu rendimento é inferior se comparado à cocção pós-remolho. Ou, então, a batata. O peso bruto é com a casca, mas e depois de descascada, para qual valor esse peso é reduzido?
Entender como o alimento se comporta diante de diferentes temperaturas ou, então, o quanto de perda ele tem no processo de manipulação ajuda a evitar o desperdício de alimentos e, consequentemente, os gastos desnecessários. Sabendo qual alimento rende mais e qual rende menos, você consegue pensar em um cardápio saboroso e, ao mesmo tempo, lucrativo.
O nutricionista precisa dominar os indicadores da cocção, das perdas não comestíveis, da reidratação e do processo de desgelo. Já aquele que deseja empreender na nutrição deve, ao menos, ter uma noção do que cada um desses nomes representa, afinal, eles impactam diretamente no seu cardápio e orçamento.
3. Compreenda a importância da temperatura
Em uma UAN, restaurante ou cafeteria, a temperatura é tudo. Ela define se um alimento está seguro micro biologicamente ou não. Isso porque existe o que chamamos de “zona risco”, ou seja, quando o alimento está em uma temperatura considerada a ideal para proliferação de bactérias. E ninguém quer comer uma tilápia com bactérias que causem uma intoxicação alimentar…
A temperatura se relaciona diretamente aos equipamentos que você vai comprar. Se você tem um restaurante self service, como vai servir a salada? Diante do planejamento das suas operações, será que é preciso comprar um pass through? Ou, então, um único freezer é o suficiente, sendo que você precisa armazenar as amostras do dia, carnes, legumes e vegetais processados, pães, etc?
Ao compreender o valor do controle de temperatura, o medo de investir em bons equipamentos cai por terra e você entende porque certos processos, como o controle diário dessa temperatura e a manutenção periódica dos equipamentos, fazem parte do dia a dia da cozinha. Não é frescura ou um luxo. É sobre a segurança dos alimentos.
4. Esteja ciente dos riscos e possíveis problemas
Ao lidar com a alimentação das pessoas, quais riscos você corre? Podemos citar alguns deles, como: os clientes reclamarem do sabor ou da apresentação da comida, o prato chegar frio na mesa, a textura ou a cor não serem as ideais e por aí vai. Isso, porém, não contempla os problemas mais graves.
O negócio fica sério quando falamos sobre contaminação. Quando um prato servido no seu restaurante causa uma dor de barriga em alguém. Ou, pior, quando essa pessoa vai parar no hospital. Você não quer que o seu estabelecimento vire manchete… “10 crianças vão parar no hospital após comer no local X”.
O bom é que todos esses problemas, da textura borrachuda da carne à prevenção dos surtos de DTA, são resolvidos com a ciência da nutrição. Porque não é só a qualidade do alimento que influencia na contaminação, mas toda a cozinha, desde a limpeza da caixa da água até o manejo de resíduos.
Para quem não conhece nada de nutrição, todas essas ideias são uma novidade, é fato. No entanto, para quem decide empreender na alimentação, é melhor se jogar de cabeça e se aventurar por esse mundo, estando disposto a aprender coisas novas.
Mas calma! Você não precisa começar uma nova graduação ou passar a madrugada acordado estudando. O importante, apenas, é que você tenha uma noção básica para estar a par daquilo que acontece no seu estabelecimento. E mais: é importante que você tenha profissionais da nutrição de confiança trabalhando com você.
Nesse contexto, contratar uma consultoria e assessoria em nutrição é boa escolha, pois você evita a burocracia, tem maior flexibilidade e ainda conta com o auxílio de profissionais com anos de experiência, que já passaram por diversos estabelecimentos e sabem como evitar uma série de imprevistos.
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